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8 santos que atravessaram grandes epidemias

SAINTS EPIDEMIC

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Meg Hunter-Kilmer - publicado em 12/03/20

E mais: eles testemunharam como uma pandemia pode se tornar uma maneira de servir a Deus e ao próximo

Selecionar um santo ou uma santa que tenha trabalhado junto às vítimas de pragas e outras epidemias pode ser difícil: isso porque há muitos deles!

Durante a praga de Cipriano do século III (famosa por matar mais de 5.000 pessoas por dia em Roma), os cristãos foram vistos correndo em direção aos pacientes, ansiosos para cuidar deles a qualquer custo.

Em Alexandria (onde dois terços da população morreu por essa praga), São Dionísio escreveu sobre os cristãos: “indiferentes ao perigo, eles cuidavam dos doentes, atendendo a todas as suas necessidades.”

De fato, tantos cristãos morreram cuidando dos enfermos em Alexandria que o grupo de heróis sem nome recebeu um dia de festa (28 de fevereiro). E eles são venerados até hoje como mártires.

À medida que o coronavírus se espalha pelo mundo, deixando muitos doentes e muitos mais assustados, faríamos bem em pedir a intercessão daqueles que lutaram contra pragas e epidemias e testemunharam Cristo em meio às turbulências.

1Santa Godeberta de Noyon (640-700)

Uma abadessa com grande influência sobre as pessoas que moravam ao seu redor, Godeberta encorajou o povo a rezar pelo fim de uma praga. Depois de passarem três dias jejuando, a praga terminou repentinamente.

2São Roque (1295-1327)

Partindo da França, embarcou em uma peregrinação a Roma aos 20 anos, rezando durante todo o caminho. Quando ele chegou à Itália, descobriu um país devastado pela peste. Roque começou a cuidar dos doentes que encontrou (muitas vezes curando-os milagrosamente) até que ele próprio contraiu a doença. Sem conhecer ninguém, Roque se arrastou até uma floresta para morrer, mas um cachorro local trouxe comida e lambeu suas feridas até Roque se recuperar.

3São Carlos Borromeo (1538-1584)

Era cardeal quando a fome e a praga atingiram Milão. Embora a maioria dos nobres tenha fugido da cidade, o cardeal Borromeo organizou os religiosos que restavam para alimentar e cuidar dos famintos e doentes. Eles alimentavam mais de 60.000 pessoas por dia, em uma iniciativa custeada totalmente pelo cardeal, que se endividou para alimentar os famintos. Ele também visitava pessoalmente os que sofriam da epidemia e lavava suas feridas. Apesar de estar na linha de frente junto aos doentes, o bom cardeal foi poupado, tendo vivido outros seis anos depois do que seria chamada de “a Praga de São Carlos”.

4Santo Henrique Morse (1595-1645)

Nasceu protestante inglês, mas tornou-se sacerdote jesuíta e retornou à Inglaterra para servir secretamente. Grande parte de seu trabalho consistiu em servir às vítimas da peste, tanto no surto de 1624 como (depois que ele foi banido da Inglaterra, mas retornou secretamente) em 1635. Em 1635-1636, Morse contraiu a praga três vezes, mas se recuperou em todas. Quando ele foi capturado mais tarde, seu trabalho com as vítimas da grande peste foi reconhecido e ele foi libertado. Mas na segunda vez que ele foi capturado, não houve clemência, e Morse foi martirizado.

5Santa Virginia Centurione Bracelli (1587-1651)

Era uma viúva rica quando eclodiu uma praga em Gênova. Ela abrigou muitos doentes em sua casa; ficando sem espaço, alugou um convento vago e construiu mais moradias. Embora a peste tenha terminado, o hospital de Virginia continuou atendendo centenas de pessoas doentes, e a ordem religiosa que Virginia fundou no meio de tudo isso continua até hoje.

6Bem-aventurado Peter Donders (1809-1887)

Foi um padre redentorista holandês que serviu no Suriname por 45 anos. Ele lutou pelos direitos das pessoas escravizadas, evangelizou os indígenas e cuidou dos doentes durante uma epidemia. Ele passou suas últimas três décadas de vida servindo em uma colônia de leprosos e advogando junto às autoridades para obter melhores cuidados para seu povo.

7São José Brochero (1840-1914)

Foi um padre argentino. Imediatamente após sua ordenação, pe. José cuidou dos doentes durante uma epidemia de cólera e saiu ileso. Então, para servir seus paroquianos, ele construiu 250 quilômetros de estradas e conectou sua paróquia com serviços de correio, telégrafo e uma linha ferroviária. No final de sua vida, ele contraiu hanseníase e começou a ficar cego. Ele passou mais de 40 anos servindo como padre, enfermeiro, carpinteiro e trabalhador da construção civil.

8Santa Marianne Cope (1838-1918)

Atendeu ao chamado do rei do Havaí para trazer suas irmãs ao Havaí e servir os leprosos ao lado de São Damião de Molokai. Embora muitos temessem que a doença fosse extremamente contagiosa, Marianne garantiu às irmãs que nenhuma delas a contrairia. Por meio de rígidas práticas de higiene e muita disciplina, as Irmãs trabalharam com os leprosos de Molokai por quase um século, sem que nenhuma delas contraísse a terrível doença.

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SEM PÂNICO: BOM SENSO E CUIDADOS FUNDAMENTAIS A TOMAR

1 – Saiba que a pandemia Covid-19 tem apresentado uma proporção relativamente baixa de mortos: alguma coisa entre 0,5% e 3,5% do total de infectados. Esta é uma boa notícia, e há outras notícias igualmente boas: a grande maioria dos casos (mais de 80%) tem gravidade reduzida; o risco para crianças tem sido mínimo; e o pico do surto já passou na China, onde os novos casos estão em declínio.

2 – Porém, há motivos suficientemente sérios e comprovados para mantermos firmes cuidados numa tarefa crucial: a de conter a expansão do vírus. Motivo: a Covid-19 pode ser leve para a grande maioria das pessoas, mas acarreta riscos bastante relevantes para grupos específicos, como idosos, diabéticos e doentes do coração. E são estas pessoas as que mais precisam de cuidados para evitar que sofram o contágio.

3 – Este é o maior problema vivido na Itália: sendo um país com grande número de idosos, além do fato de que a taxa de letalidade tende a subir, o próprio sistema de saúde fica sobrecarregado na tentativa de atender muita gente ao mesmo tempo, chegando-se ao cenário da falta de leitos e de equipamentos críticos, como respiradores artificiais. Havendo pico de acessos aos hospitais e postos de saúde, com milhares de pessoas precisando ser atendidas ao mesmo tempo, aqueles que têm mais necessidade podem não conseguir ser atendidos adequadamente – ou simplesmente nem sequer ser atendidos.

4 – A diretriz, portanto, é impedir ao máximo um grande pico de contágios, e a forma mais prática e simples de ajudar a impedir esse pico é esta: evite tudo aquilo que facilite a proliferação do vírus:

  • Lave bem as mãos, com alta frequência, sobretudo após tocar em superfícies nas quais muita gente também tocou, como balcões de atendimento, caixas eletrônicos, assentos e apoios do transporte público, etc.
  • Evite levar as mãos à boca, nariz e olhos;
  • Evite aglomerações, reduzindo as saídas de casa ao indispensável;
  • Se precisar estar em meio a grupos grandes de pessoas, procure manter uma distância de ao menos 1 metro e fique apenas durante o menor tempo possível;
  • Evite cumprimentos como apertos de mão, abraços e beijos;
  • Recorra a postos de saúde e hospitais somente em casos de objetiva e real necessidade, para não sobrecarregar inutilmente o sistema e até para evitar um risco ainda maior de contágio, dado que são ambientes em que se fica mais exposto a micro-organismos;
  • Mantenha uma rotina de alimentação saudável, exercício físico adequado às suas condições, boa ventilação e luz natural em casa ou no local de trabalho;
  • Não divulgue fake news: compartilhe informação objetiva, o que inclui algumas notícias tristes, mas também várias notícias boas e tranquilizadoras;
  • Mantenha a serenidade, sem se deixar levar pelos promotores de histeria;
  • Mantenha a fé, pedindo sempre forças a Deus para que todos façamos bem a nossa parte e Ele nos conceda a graça de enfrentar e vencer esta pandemia com inteligência, disciplina e solidariedade, em especial com os mais vulneráveis;
  • Obedeça responsavelmente às diretrizes das autoridades em caso de medidas excepcionais de controle.

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